A Instituição mais antiga e mais cristalizada do mundo acabou tendo um
papel oportuno e altamente valido para esses movimentos,muitos padres cediam o
espaço físico das paróquias afim de que possam organizar as reuniões dos
núcleos organizados de maneira mais “segura”,a panfletagem comum nos “chãos de
fabrica” também via na igreja seu principal meio de divulgação para a formação
de uma consciência coletiva e politizada.Quando os regimes de ordem do estado
saiam na busca de meliantes “agitadores”,eram nas sacristias que estes
encontravam alento a sua cólera.Alem de instituições de teor religioso as
associações de bairros também são um ponto a ser destacado,diversas reclamações
eram levadas ao conhecimento de toda a comunidade local que analisavam em
assembléia deliberativa elegendo os tema mais pertinentes proposto em pauta.Uma
vez eleito,essas questões eram levadas ao conhecimento dos órgãos competentes
do estado,toda via, o estado não dispunha de “agilidade” capaz de suprir essas
inúmeras demandas,e aqui temos um traço singular dessas mobilizações populares.Formava-se todo um corpo humano que iria ecoar suas vozes mais
diretamente com os órgãos fomentadores das mudanças propositadas.Nessa
mobilização sincrética (pois tínhamos traços das lutas populares caminhando
lado a lado com medidas institucionais de formalização de petições),realizavam
embates relevantes,porem sua qualidade em efetivamente proporcionar mudanças
ainda é discutível.Mesmo assim não podemos deixar-las de lado ou como
estivessem atuando em uma esfera publica que apenas diz respeito a essa diminuta camada social,mas podemos retirar de todos esses embates traços
satisfatórios de como uma mobilização e realizada,refutada e praticada de
maneira operante,suas posturas não devem ser vistas como grandes arruaças ou
enfrentamentos animalescos com fins de sobrevivência,mas devem ser julgadas
como pequenas ações dos atores sociais frente a um plano de estado nacional
onde são colocados em segundo plano.
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